Compartilho minha vida em duas fases:
A primeira se refere a antes da terapia. Uma vida carregada. Carregada de insegurança, medo, rejeição. Uma fase em que agradar o outro era prioridade.
A segunda se refere a depois da terapia, onde eu pude me conhecer de verdade. Fase em que aprendi que aqueles medos e inseguranças podem aparecer, mas não mais me paralisa. Eles podem caminhar comigo, porém não mais me dominar.
Poderia dizer que foi e continua sendo um processo lindo e maravilhoso, porém não foi. Foi dolorido, pesado, cheio de descobertas. Foi um processo cansativo, e acima de tudo, de muita paciência. Paciência para digerir algumas coisas e ressignificar. Paciência minha e da minha psicoterapeuta.
Era isso que eu precisava, de alguém caminhando comigo, com paciência, esperando e respeitando meu tempo. Sem pressa.
E é isso que procuro oferecer às vidas que passam pela minha. Caminhar com meus pacientes, respeitando o tempo de cada um. Acolhendo e dando as mãos.
Que eu possa ser a vela que os auxilia a tornar a jornada de sentido e cheia de potência. Que eu possa auxiliar a tornar vidas mais leves.